E se o amor durasse só quatro noites?

Ah, quantas vezes eu sonhei com uma alma que me entendesse…” O protagonista é um “sonhador” solitário, que caminha pelas ruas de São Petersburgo sem nada além de suas fantasias e pensamentos. Até que numa noite encontra Nástienka, uma jovem que, como ele, também vive entre esperas, silêncios e saudade.

LITERATURA

Leticia Soares

7/24/20251 min ler

cars on road in between buildings during night time
cars on road in between buildings during night time

Foi assim que mergulhei em “Noites Brancas”, do russo Fiódor Dostoiévski, um livro de pouco mais de 80 páginas — mas que tem a força de uma vida inteira condensada em quatro noites de amor e desilusão.

O protagonista é um “sonhador” solitário, que caminha pelas ruas de São Petersburgo sem nada além de suas fantasias e pensamentos. Até que numa noite encontra Nástienka, uma jovem que, como ele, também vive entre esperas, silêncios e saudade.

Eles se encontram por acaso, conversam como se o mundo fosse acabar, e nascem ali uma esperança, uma paixão e uma dor que quem já amou sozinho vai reconhecer.

A tradução que li é da Editora 34, feita com cuidado, fluidez e beleza. Há também outras versões disponíveis online, gratuitas e em domínio público. Mas recomendo fortemente uma edição impressa, pra você marcar com lápis as frases que parecem ter sido escritas pra você.

“Ah, quantas vezes eu sonhei com uma alma que me entendesse…”

Se você é desses que cria histórias com quem mal conhece, ou que sente demais em silêncio, esse livro vai te atravessar.

E quando terminar, talvez você, como eu, se pegue perguntando:
“Foi amor ou só um espelho da minha própria solidão?”

📌 Para quem é esse livro?

• Pra quem ama intensamente, mesmo que só na imaginação.
• Pra quem anda cansado de relações rasas.
• Pra quem se sente sozinho, mesmo cercado de gente.

Esses dias, choveu fino sobre Óbidos. A cidade ficou com cara de filme antigo, dessas histórias que a gente imagina acontecendo em outro lugar do mundo.